Florianópolis e suas fortalezas!!
Em 2007 conheci a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, um lugar fantástico que me fez voltar lá mais 3 vezes no mesmo ano a fim de levar toda a família pra conhecer!!
Só em 2012 tive a oportunidade de conhecer as outras duas Fortalezas, Santa Cruz de Anhatomirin e Santo Antônio de Ratones, sendo que cada qual é um vértice do sistema triangular de defesa da Barra Norte da
Ilha de Santa Catarina, segundo projeto original do Brigadeiro José da Silva Paes.
Dos três fortes o de São José é o que tem mais fácil acesso já que não depende de embarcações pra chegar até ele pois está localizada na Praia do Forte, Norte da ilha de Florianópolis, distante cerca de 25 Km do centro. Então seguimos através da Rodovia SC-401, até o Trevo
de Jurerê, seguindo as placas indicativas, passando pela Praia de Jurerê
Internacional.
A Fortaleza de São José da Ponta Grossa começou a ser construída em 1740.
O Século XVIII, contava com três baterias de canhões, armadas com 31 peças de artilharia, que lá se achavam por ocasião da invasão dos espanhóis, ocorrida em 1777, tendo sido praticamente abandonada e depredada após esse episódio histórico.
Pertencente ao Ministério do Exército, a Fortaleza foi tombada, em 1938, como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e, em 1992, após a sua restauração, passou a ser gerenciada pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Em conjunto com a Bateria de São Caetano, construída posteriormente a leste da fortaleza, é palco de um dos mais belos cenários arquitetônicos e paisagísticos da Ilha de Santa Catarina.
A Fortaleza de São José da Ponta Grossa começou a ser construída em 1740.
O Século XVIII, contava com três baterias de canhões, armadas com 31 peças de artilharia, que lá se achavam por ocasião da invasão dos espanhóis, ocorrida em 1777, tendo sido praticamente abandonada e depredada após esse episódio histórico.
Pertencente ao Ministério do Exército, a Fortaleza foi tombada, em 1938, como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e, em 1992, após a sua restauração, passou a ser gerenciada pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Em conjunto com a Bateria de São Caetano, construída posteriormente a leste da fortaleza, é palco de um dos mais belos cenários arquitetônicos e paisagísticos da Ilha de Santa Catarina.
Fortaleza
de Santa Cruz de Anhatomirim
Essa
Fortaleza está localizada na Ilha de Anhatomirim, na entrada da Baía
Norte, Município de Governador Celso Ramos, Santa Catarina.
Pode-se chegar a esta Fortaleza através dos serviços de escunas que fazem passeios marítimos na região, partindo de diferentes pontos do centro de Florianópolis: próximo à Ponte Hercílio Luz, junto ao Veleiros da Ilha, Trapiche da Beira Mar Norte e da Praia de Canasvieiras.
Pode-se chegar a esta Fortaleza através dos serviços de escunas que fazem passeios marítimos na região, partindo de diferentes pontos do centro de Florianópolis: próximo à Ponte Hercílio Luz, junto ao Veleiros da Ilha, Trapiche da Beira Mar Norte e da Praia de Canasvieiras.
Eu, o Daniel e meus pais partimos do Trapiche da Beira Mar, aproveitando um belo e ensolarado domingo de janeiro!
Navegamos alguns metros e já foi possível avistar a Ponte Hercílio Luz de um novo ângulo!!
O passeio custa R$45,00 e tem partida as 10h30min e retorno em torno das 17h, além desse valor é preciso ter no bolso mais R$10,00 para as entradas das duas fortalezas e pelo menos mais R$ 15,90 para o almoço.
Pesquisei e há outras opções para se chegar até a Ilha de Anhatomirim saindo da BR-101, no acesso sul de
Governador Celso Ramos, viaduto do km 182, e percorrendo cerca de 8 Km
até a Praia da Caieira onde há sempre algum barqueiro disponível para a
travessia marítima de aproximadamente 3 Km até a Ilha de Anhatomirim. Outras pequenas embarcações de passeio também fazem o traslado para
Anhatomirim a partir das várias outras praias de Governador Celso
Ramos.
Depois de navegarmos por aproximadamente 1h30min chegamos a Baía dos Golfinhos, esse é o canal entre Anhatomirim e o continente e é o
lar permanente de um grupo de 120 golfinhos-cinza que podem ser
observados do barco, tivemos o prazer de ver alguns golfinhos saltitando no mar!! Lindos!!
Na sequência fomos almoçar e então seguimos para a parte mais esperada do passeio...
A
Fortaleza de Santa Cruz...na Ilha de Anhatomirim!!!
Pertencente ao
Ministério da Marinha, a Fortaleza de Anhatomirim foi tombada, em 1938,
como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, permanecendo
anos em total abandono até ser redescoberta e restaurada nas décadas
de 70 e 80, quando passou à guarda e manutenção da Universidade
Federal de Santa Catarina.
Atualmente, as fortalezas catarinenses, gerenciadas
pela Universidade Federal, constituem-se num dos maiores e mais bem conservados
conjuntos de arquitetura militar do Brasil, e um dos principais pontos de atração
turística de Santa Catarina.
O lugar é muito lindo, com vistas incríveis pro mar!! |
Alojamento da tropa, a maior das construções da ilha |
No alojamento da tropa está sendo montada uma exposição permanente de mamíferos marinhos que já conta com um esqueleto de baleia montado. |
A Fortaleza de Santa Cruz na ilha de Anhatomirim é lembrada com certo
tabu pelos habitantes mais velhos de Florianópolis e região, por sua
história sempre relacionada com a invasão espanhola em 1777, na qual não
teve a menor utilidade defensiva, mesmo porque não houve resistência em
nenhuma parte.
Todo o sistema de defesa montado para defender a Baía
Norte não passou de um grande fracasso, um erro estratégico
imperdoável.
A distância entre os fortes era de 6 Km, enquanto o canhão
de maior calibre tinha um alcance máximo de 2 Km.
Em 1777, uma esquadra
espanhola, adentrou o canal com 20 vasos de guerra, 97 navios mercantes,
674 canhões, 12 mil homens e mantimentos para 6 meses de cerco.
Ocuparam a ilha e só foram embora no ano seguinte, após a assinatura do
tratado de Santo Idelfonso, no qual Portugal sedeu a província de
Sacramento (atual Uruguai) em troca de outras terras, entre elas a Ilha.
Mas o episódio que mais contribuiu para essa
lembrança triste que se tem da ilha é o fato de ter servido como
presídio político em 1894 , durante o governo republicano de Floriano
Peixoto.
Para lá foram mandados 185 cidadãos da vila do Desterro, como
era chamada Florianópolis.
Esses homens favoráveis à criação de uma
federação dos estados brasileiros, foram fuzilados sem nenhuma chance de
defesa judicial. Durante a revolução constitucionalista em 1930,
governo de Getúlio Vargas, a fortaleza voltou a servir como presídio
político.
Depois ficou sob tutela da Marinha até 1960 , quando as famílias que a
conservavam mudaram-se, e Anhatomirim foi entregue aos invasores e
saqueadores , logo restavam apenas ruínas.
Em 1979 a Universidade
Federal de Santa Catarina iniciou a restauração da mais majestosa
edificação, orgulho de Silva Paes que se referia a ela como tendo as
mais nobres acomodações militares das Américas, destacando o Portal de
acesso com linhas de ligeira influência oriental e a escadaria de acesso
feita com lioz português, pedra muito semelhante ao mármore.
Ou seja, a Fortaleza de Anhatomirim foi sede do primeiro governo da Capitania de Santa Catarina, a primeira a ser adotada pela UFSC em 1979, e também a primeira a ser restaurada.
Túnel da Morte |
Hoje
totalmente restaurada e mantida pela UFSC, a ilha e todas as suas
edificações estão muito bem cuidadas , contando com estrutura para
receber os turistas trazidos em sua maioria pelas escunas de passeio.
Fortaleza
de Santo Antônio de Ratones
Então depois de conhecermos o forte de Santa Cruz voltamos a escuna que em mais alguns minutos nos deixou no forte de Santo Antônio.
Essa Fortaleza está localizada na Ilha de Ratones Grande, na Baía Norte de Florianópolis.
Pra chegar a essa fortaleza há também a opção pela praia de Sambaqui, localizada a 15 Km do centro de Florianópolis. No local, denominado Ponta do Sambaqui, há barqueiros que fazem a travessia de aproximadamente 3 Km.
A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones começou a ser construída em 1740.No Século XVIII contava com duas baterias de canhões, armadas com 14 peças de artilharia.
Essa Fortaleza está localizada na Ilha de Ratones Grande, na Baía Norte de Florianópolis.
Pra chegar a essa fortaleza há também a opção pela praia de Sambaqui, localizada a 15 Km do centro de Florianópolis. No local, denominado Ponta do Sambaqui, há barqueiros que fazem a travessia de aproximadamente 3 Km.
A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones começou a ser construída em 1740.No Século XVIII contava com duas baterias de canhões, armadas com 14 peças de artilharia.
Entre meados do Século
XIX, até o início do Século XX, já em ruínas,
algumas construções dessa Fortaleza foram utilizadas para a instalação
de um Lazareto, que abrigou doentes contaminados por moléstias contagiosas.
Posteriormente, funcionou ainda como depósito de carvão da Marinha
do Brasil. Durante a década de 1980, em completo estado de abandono e
de ruínas, foi palco de uma grande campanha pública pela sua preservação.
Pertencente ao Ministério da Marinha e tombada como Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional desde 1938, a Fortaleza foi restaurada
entre os anos de 1990 e 1991, quando passou a ser gerenciada pela Universidade
Federal de Santa Catarina.
***
Florianópolis ainda possui outras Fortalezas, menos importantes e as quais não conheço!!
Forte de Santana
O
Forte de Santana do Estreito foi construído a partir de 1761, segundo
projeto do Engenheiro Militar José Custódio de Sá e Faria.
Estando situado junto ao estreito de união das Baías Norte e Sul,
sua função era proteger a Vila de Nossa Senhora do Desterro, atual
Florianópolis, das embarcações que adentrassem pela Baía
Norte.
Ao longo do tempo, passou por vários usos e reformas,
até sua restauração definitiva em 1969, que lhe devolveu
as formas originais.
Em 1938, foi tombado como Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional, abrigando desde 1975 o Museu de Armas da Polícia
Militar de Santa Catarina.
O
Forte está localizado na Avenida Beira-Mar Norte, sob a Ponte Hercílio
Luz, no centro de Florianópolis, Santa Catarina.
Distante apenas poucos
metros da Rodoviária Rita Maria, pode-se chegar ao Forte a pé
ou de automóvel.
Bateria
de São Caetano
A
Bateria de São Caetano da Ponta Grossa foi construída em 1765, estando
localizada a aproximadamente 200 metros a leste da Fortaleza de São José
da Ponta Grossa.
Sua função era complementar as defesas da Fortaleza
de Ponta Grossa, dando-lhe cobertura pelo lado voltado para a Praia de Jurerê
e Canasvieiras, que ficava, até então, desprotegido.
Hoje, desta bateria em ruínas, restam uma base de guarita,
trechos de muralhas e vestígios de uma pequena construção
que teria servido de Casa da Guarda e Casa da Palamenta.
Fortaleza
de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba
A
Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba foi
a quarta e última das fortalezas idealizadas pelo brigadeiro português
José da Silva Paes.
Construída na Ilhota de Araçatuba,
entre os anos 1742 e 1744, a Fortaleza foi a única destinada a proteger
a entrada da Baía Sul da Ilha de Santa Catarina.
Serviu também
de prisão em várias oportunidades, inclusive no período
republicano.
Em 1894, por determinação ministerial de 28 de agosto,
esta fortificação, que também era chamada de Fortaleza
da Barra do Sul, passou a denominar-se Forte de Araçatuba.
Apesar dos reparos
que esta Fortaleza sofreu em 1780 e 1850, encontrava-se bastante arruinada no
final do século XIX, conforme relatório de 1899.
Fortaleza de
Araçatuba, pertencente ao Ministério do Exército, foi tombada
como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1980,
recebeu escoramentos e consolidações emergenciais em 1991 e encontra-se
atualmente aguardando recursos para sua restauração.
Forte
de Naufragados
O
Forte Marechal Moura de Naufragados foi construído entre 1909 e 1913,
estando localizado logo acima do Farol dos Naufragados, no extremo sul da Ilha
de Santa Catarina.
Entre as 12 principais fortificações que formaram
o antigo sistema defensivo da Ilha é a mais recente e a única
que não foi construída no Século XVIII.
Sua função
era complementar as defesas da Fortaleza de Araçatuba, guarnecendo a
entrada da Barra a partir de uma posição mais elevada. Pertencente
ao Ministério do Exército, hoje, deste forte, restam somente alguns
trechos de muralhas e o armamento original de três canhões de 120
mm, fabricados pela empresa Armstrong em 1893 e que ainda se encontram em bom
estado de conservação.
Forte
de Santa Bárbara
O
Forte de Santa Bárbara da Vila começou a ser construído
na segunda metade do Século XVIII, estando já concluído
em 1774, segundo indicam algumas plantas e mapas da época.
Esta Fortificação ficava situada sobre uma pequena formação
rochosa na Baía Sul.
Sua função primordial
era guarnecer a Vila de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis,
contra as embarcações inimigas que por ventura acessassem a Ilha
pela Baía Sul.
Durante o Século XIX, o antigo Forte serviu de
lazareto e enfermaria militar.
Em 1875, abrigou a Capitania dos Portos e, em
1893, sediou o Governo do Estado.
As várias reformas por que passou ao
longo dos anos e os aterros que o afastaram do mar, deixaram-no completamente
descaracterizado.
Foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional em 1984. Ocupado até 1999 por uma agência da Capitania
dos Portos de Santa Catarina, é hoje sede administrativa da Fundação
Franklin Cascaes.
O
Forte está localizado à Rua Antônio Luz, 260, junto ao Terminal
Urbano de Ônibus Cidade de Florianópolis, no aterro da Baía
Sul, centro da cidade. Pode-se chegar ao Forte a pé ou de automóvel.